domingo, 31 de janeiro de 2016

Rotas Go to Alentejo Central: De Casa Branca a Alcáçovas

Monte do Porto da Ribeira

Monte do Carrascalinho


Ribeira de Alcáçovas
Ponte Papa-Galos

Monte Álamo de Baixo


Monte Álamo de Cima

Monte da Paiôa

Monte do Reguengo



Monte do Padrão
O nosso Projeto baseia-se na divulgação de percursos pedestres que possam ser utilizados por visitantes pedestrianistas. Como tal, os nossos guias locais estão sempre no terreno, tentando descobrir novos trilhos, falando com proprietários, pastores, agentes económicos e desmitificando esta coisa nova no Alentejo, que se pode chamar a "dinâmica do eco-turismo pedestrianista".
Bem, na semana passada calhou-nos a missão de percorrer a antiga canada real, que ligava Casa Branca a Alcáçovas e que era percorrida antigamente por rebanhos nas suas rotas da transumância.
Percurso muito interessante, do ponto de vista paisagístico, mas também extremamente rico em arqueologia rural, visto passarmos junto a vários montes alentejanos em ruínas, outrora habitados por  numerosas famílias de trabalhadores rurais.
Assim sendo, partilhamos aqui o percurso para que seja possível estes caminhos terem outra vez vida e tornarem a ser um importante factor de desenvolvimento desta área.
Que venham eco-turistas percorrer estes trilhos é a nossa ambição...
 http://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=12093509

Guias locais presentes neste reconhecimento de percurso:
João Mendes, Álvaro Alonso, Fernando Quaresma.

sábado, 30 de janeiro de 2016

Portugal a Pé

 

 Para mais informações: https://www.facebook.com/absolutoportugal/videos/10153249971563935/

Entrudanças 2016 (Castro Verde)

Músicas e danças tradicionais do Baixo Alentejo e as de outras origens, gastronomia local, passeios temáticos e atividades para crianças e famílias fazem o Entrudanças.2016.
De 5 a 7 de Fevereiro, a vila de Entradas, em Castro Verde, recebe mais uma edição do Entrudanças, o Festival que junta numa vila do coração do Alentejo artistas de várias disciplinas e participantes de todo o país, para um fim-de-semana de convívio e diversão a descobrir as tradições. Este ano, o mote é "A Chocalhar o Entrudo": 3 dias a escutar a musicalidade dos chocalhos na Planície e a aproveitar um fim-de-semana preenchido por atividades, em que a programação sugere a transumância, transportando-nos numa dança entre identidade local, nacional e internacional, cruzando gentes, tradições e saber-fazer de vários locais.
Entre as atividades programadas contam-se os concertos-bailes com Moços de uma Cana, Grupo Coral Vozes do Casével, Os Cardadores da Sete, Os Ganhões de Castro Verde, As Atabuas de São Marcos da Atabueira, Ana Valadas, mas também Duo Milleret Mignotte, Samba Sem Fronteiras, Orquestra de Foles, Paulo Bastos, Parapente700, entre muitos outros. Serão bailes, concertos e oficinas de dança, animações de rua, oficinas de instrumentos e gastronomia local. As ruas e as praças de Entradas, o Centro Recreativo, a Biblioteca, o Museu, as Tabernas e até Carpintarias irão transformam-se em palcos, onde confluem tradições do Baixo-Alentejo com as de outras paragens.
O Entrudanças é organizado pela Associação PédeXumbo, Câmara Municipal de Castro Verde e Junta de Freguesia de Entradas.

PROGRAMA
SEXTA-FEIRA, 05 de Fevereiro
18h00 - 20h00: Abertura da Exposição “Memórias das Transumâncias do Campo Branco” - MR
Participação do Grupo Coral As Ceifeiras de Entradas - Feira de Artesanato - PZA
18h30 – 20h00: Crianças e Famílias “Pinturas faciais e balões” - B
19h00 – 20h30: Oficina de dança - Iniciação ao Baile Tradicional com Matias - CRE
21h00 – 22h00: Concerto “Alentejo Cantado” - PZA
22h00 – 23h30: Baile com Paulo Bastos - CRE
23h15 – 24h00: “Há Fado na Carpintaria do Pardal”, com Ana Valadas - Carpintaria do Pardal
00h00 – 01h30: Baile com Rúa Del Bal - CRE
SÁBADO, 06 de Fevereiro
10h30 – 12h30: Crianças e Famílias “Oficina de Gigantones Selvagens” com LPN - B
10h30 – 12h30: Visita à Herdade das Fontes Bárbaras “Prova de Vinho e Música”, com Violas Campaniças*
11h00 – 12h30: Oficina de dança “Salsa-Scottish Fusion”, com Ricardo Faria - CRE
12h00 – 13h30: Oficina de Instrumentos “Gaita de Foles”, com Associação Gaita-de-Foles - MR
14h30 – 16h00: Apresentação projeto Escolas “Entrudanças Chocalheiro”
com turmas do Agrupamento de Escolas de Castro Verde, Associação ART,
Os Ganhões, Comunidade local - Ruas de Entradas
16h00 – 17h30: Oficina de dança “Danças de Entrudo”, com Montse - Tenda CRE
Oficina de dança “Danças de foles”, com Orquestra de Foles, Joana Gui e Margarida Agostinho - CRE
16H00 – 17h30: Cantes da Planície e da Serra, com Os Ganhões de Castro Verde, As Atabuas
de São Marcos da Atabueira, As Adufeiras da Casa do Povo de Paul - PZA
17h30 – 18h00: Animação musical “O toque do Acordeão”, com o acordeonista Tiago
Rodrigues - Taberna do Pedro Feio
17h30 – 19h00: Oficina de dança “Samba de Gafieira” com Marlon Rodrigues e Livia Oliveira - Tenda CRE
Oficina de instrumentos “Musica de ensemble”, com Jérémie MignOtte - MR
18h00 – 19h00: Crianças e Famílias: Hora do conto “Um dia um Guarda-chuva…”, Oficina de expressão plástica
“Decorar o chapéu-de-chuva”, com David Cali e Valerio Vidali - B
18h30 – 19h15: Oficina de Cante com Os Cardadores da Sete - MR
19h00 – 20h30: Baile/Concerto “Orquestra de Foles”, com Assoc. Gaita de Foles, Joana Gui e Margarida Agostinho - CRE
21h30 – 22h30: Concerto com MUSICALBI - PZA
22h30 – 00h00: Baile com Samba Sem Fronteiras - CRE
23h00 – 00h00: Espinhos – Música com Bernardo e Eduardo Espinho - MR
00h30 – 02h00: Baile com Jérémie MignOtte Solo - CRE
DOMINGO, 07 de Fevereiro
09h30 – 12h30: Uma bucha com com “O Guardador de Rebanhos”*
Passeio Ambiental com a LPN “Cante da Terra”
10h15 – 11h15: Crianças e Famílias: Oficina de Máscaras*
11h00 – 12h30: Oficina de dança Danças de Entrudo com Montse - CRE
11h30 – 12h30: Crianças e Famílias: Hora do conto “Um dia um Guarda-chuva…” de David Cali e Valerio Vidali
Oficina de expressão plástica “Decorar o chapéu-de-chuva”
14h00 – 15h00: Crianças e Famílias Oficina de expressão plástica – Vamos fazer um chocalho!
14h30 – 15h15: Encontro de Tocadores de Harmónica – MR
15h00 – 16h30: Oficina de Instrumentos – Pandeireta Galega Com Montse - MR
15h30 – 16h30: Concerto Moços D´uma Cana e baile – PZA
16h30 – 18h00: Oficina de dança “Salsa”, com Ricardo Faria – Tenda CRE
Oficina de dança “Forró”, com Marlon Rodrigues e Livia Oliveira - CRE
16h30 – 17h30: Cantes da Planície e da Serra, com Grupo Coral Vozes de Casével, Grupo Coral As Camponesas,
e Grupo de Zabumbas de Alpedrinha
17h30 – 18h30: Oficina “Cante para Famílias”, com os Carapinhas - B
Animação Musical “Enquanto a “Flaita” toca - Taberna do Pedro Feio
18h00 – 19h30: Oficina de dança “A Dançar é que a Gente se Entende”, com Matias – Tenda CRE
18h30 – 19h00: Modas ao Balcão - MR
18h30 - 19h15: Bailinho Acústico com Vicente Camelo & David Rodrigues - MR
19h00 – 19h40: “A Banda A Tocar”, com Banda da Sociedade Filarmónica 1º de Janeiro - PZA
19h30 – 20h30: Baile com Parapente700 - CRE
21h00 – 22h30: Baile com Duo Milleret Mignotte - CRE
CRE: Centro Recreativo de Entradas || MR: Museu da Ruralidade || B: Biblioteca || PZA: Praça Zeca Afonso
Tenda CRE: Tenda do Centro Recreativo de Entradas
* Participação sujeita a inscrição no secretariado do Festival.
6 e 7 de Fevereiro - Não faltes à Moda!

Programa sujeito a alterações.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Do coração da Terra...


"Loucos ou sábios, como o saberemos? Consolávamos o inquieto coração pousando os olhos na linha imaginária do horizonte, e vivíamos."

                                                   in Uma Pescaria (conto), Agustina Bessa Luís

O toque é estranho aos que por debaixo dos panos, das vergonhas e pudores diários, trabalham a Terra. São elemento quente, apontamento suave no solo frio e duro que se rompe dia após dia para dele retirar vida e sustento. Estremece-se o corpo, aos dedos que deslizam discretamente por um braço, que por sua vez mal os sente fisicamente, tal é a profusão de camadas com que se cobre. 

Mas o coração, oh esse sim, tem terminais nervosos muito mais sensíveis que os da epiderme. O vento morno de um murmúrio soprado numa nuca, ali bem a rasar a linha onde termina o nó do lenço ou o roçagar leve de um joelho noutro em dois corpos sentados em cadeiras à beira do lume e que mal se podem olhar. São toques, pormenores que não se podem perceber senão com um sentido que não é o sexto ou sequer o último, mas o primeiro de todos.

O sentido das coisas em que tudo encaixa, se ajeita, se compreende sem a necessidade supérflua de palavras, sons, diálogo nenhum ou entendimento racional de qualquer espécie. O coração dos que se tocam sem precisar de o fazer, não tem limites humanos ou naturais. Vive muito para além das fronteiras desta Terra: galga os cursos de água, pisa os poejos e a hortelã-da-ribeira deixando o rasto e o cheiro da memória no ar pelo caminho; voa por cima dos telhados de telha marselha; bate asas acima do branco dos rostos das casas e chega exactamente onde tem de chegar, no momento exacto para que o outro coração que o espera, saiba que o caminho é menos que nada, obstáculo ridículo entre um e o outro.

A pele de dois corações que se fazem corpo tem rastilho, pavio curto. Incendeia-se constantemente ao toque, à presença apenas- real ou imaginada- da sua metade fundamental. Nos bailes de Verão, sobre o chão escuro de tacos da Sociedade Recreativa ou na terra batida do largo, enfeitado de luzes foscas, em tom amarelado, ao som de uma qualquer moda argentina, que poucos parecem realmente escutar, sobressaem não raro, um par de pés que não tem duas vontades. São desses que falo. Os corpos agarrados, viajam muito acima de qualquer som, de todos os elementos físicos na Terra: eles já se encontraram num qualquer plano divino em que viveram muito antes dos se pés se encontrarem num fim de tarde em Agosto.

E quando a tela dos corações se cose, reúne, fica una de novo, então não há maneira de o ignorar, de lhe voltar as costas humanas. Na Terra chamam-lhe bem querer, ou só querer. Tanto, tanto que em breve os homens terão de erigir a casa, as mulheres terão de cortar e coser os tecidos que servirão de abrigo para guardar este coração novo, reunificado, esplendoroso, que vai viver num tão simples corredor da Terra.

Porque dizem os antigos, que o Amor é simples e que é só assim que ele vive. E que dá testemunho. E que toca sem tocar os que a ele acorrem e que por ele vivem.

Copiado do blog da nossa comadre Ana Terra: http://aterradaana.blogspot.pt/

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Paisagem...






"Eu gosto da paisagem. Mas amo-a duma maneira casta, comovida, sem poder macular a sua intimidade em descrições a vintém por palavra. Chego a uma terra e não resisto: tenho de me meter pelos campos fora, pelas serras, pelos montes, saber das culturas, beber o vinho e provar o pão. E quando anoitece volto, como agora, cheio do enigma que fez cada região do seu feitio (…) " 

Miguel Torga, in "Diário (1942)"


terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Limão, o remédio natural para quase tudo...

Todos os quintais alentejanos minimamente dignos desse titulo têm, pelo menos, um limoeiro.
Fruta importada para a Peninsula Ibérica no tempo da ocupação Islâmica, o Limão é empregue nos temperos da nossa comida típica mediterrânica e possui muitas propriedades terapeuticas:

Basta espremer metade de um limão num copo grande de água morna. Agora, sim, alguns dos benefícios para a saúde:
1 - Reforçar a função imunológica
Os limões são ricos em vitamina C, muito útil no papel de apoio à função imunológica, podendo reduzir os riscos de infeções respiratórias. O ácido ascórbico (ou vitamina C) encontrado neste citrino tem também efeitos anti-inflamatórios, sendo utilizado como apoio suplementar para quem sofre de asma ou outros problemas respiratórios. Contêm ainda saponinas (glicosídeos do metabolismo secundário vegetal) que são ricas em propriedades antimicrobianas, protegendo da gripe. Por último, o ácido ascórbico auxilia a absorção do ferro pelo organismo.
2 - Desintoxicar o corpo
Embora o sabor do limão seja ácido, este fruto é de facto, um dos alimentos mais alcalinos. O ácido ascórbico e cítrico são facilmente metabolizados pelo corpo, ajudando a alcalinizar o sangue.
3. Ajudar na digestão
O limão é tradiconalmente usado como auxiliar da digestão. Pensado para purificar e estimular o fígado, o sumo de limão é tradicionalmente recomendado para suportar o ácido clorídrico no estômago, durante a digestão. A vitamina C tem estado associada à redução do risco de úlcera pética, causada pela bactéria Helicobacter Pylori.
4 - Purificar a pele
A vitamina C e todos os antioxidantes do limão combatem os danos colaterais na pele causados pela exposição aos raios UV, responsáveis por grande parte dos sintomas de envelhecimento. A ingestão de antioxidantes podem ajudar a compensar estes danos, minimizando as rugas. Além disso, o sumo de limão pode ser aplicado diretamente nas manchas e cicatrizes, a fim de regenerar a pele.
5 - Promover a cicatrização
O ácido ascórbico promove ainda a cicatrização das feridas e é um nutriente essencial para a manutenção de tecidos saudáveis, ossos e cartilagem. A vitamina C é ainda essencial na recuperação de lesões e no combate ao stress.
6 - Hidratar
Começar cada manhã com um copo de água morna e limão estimula a digestão durante todo o dia, e limpa o corpo de toxinas.
7 - Impulso de energia
O sumo de limão dá ao seu corpo energia extra, uma vez que influencia o processo digestivo, e ajuda a reduzir a ansiedade e a depressão. Até mesmo apenas o cheiro a limão pode ter um efeito calmante no sistema nervoso.
Texto e foto copiados do Blog: http://agricultoresdesofa.blogspot.pt/

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Cocho ou Cocharro


O cocho ou cocharro (dependendo das zonas do Alentejo) é um objecto feito em cortiça que serve para beber água.
Antigamente era um objecto comum e podia ser encontrado em todas as casas Alentejanas. Não existia poço ou fonte que não tivesse um cocho para se beber água. No trabalho do campo, a água era transportada pela aguadeira/o em cântaros de barro e distribuída aos trabalhadores num cocho de cortiça.

Entre os populares existia a crença que todos podiam beber água pelo mesmo cocho que as doenças não se transmitiam.

Ao contrário do que parece, fazer um cocho não é tarefa fácil, exige muita sabedoria e alguma paciência. Antigamente era um trabalho efectuado por pastores e vaqueiros que guardavam os seus rebanhos e tinham muito tempo para se dedicarem a estas tarefas, esculpindo a cortiça com a mesma navalha que cortava o pão e a linguiça para o lanche.
A sabedoria começa na escolha da matéria prima, pois só é possível esculpir um cocho com uma parte da cortiça que tenha um nó. Depois as mãos hábeis dos artesãos dão-lhe a forma característica.

Foi em Santa Sofia, uma pequena aldeia Alentejana entre Évora e Montemor-o-Novo, que encontrei esta fonte ainda com o tradicional cocho de cortiça.
Quem por ali passar pode apaziguar a sede e descansar junto à fonte, desfrutando da calma e beleza do local.




Mas apesar dos tempos modernos e da existência de água canalizada, muitos Alentejanos recusam perder a sua identidade e as  tradições herdadas dos seus antepassados e continuam a ter os seus cochos de cortiça pendurados junto às torneiras das suas casas.


Cada vez é mais difícil encontrar cochos como antigamente, embora ainda vão aparecendo em feiras de artesanato, um pouco mais refinados, destinados mais à decoração do que propriamente à sua função inicial.


Beber água por um cocho é um prazer indescritível!

Que as memórias não se apaguem!
Que a tradição de um povo não se perca!

Copiado integralmente do blogue do nossa comadre Luísa Batalha,

domingo, 24 de janeiro de 2016

1ª Corrida/Caminhada Montemor Solidário


O Atlético Clube de Montemor vêm por este meio convidar à participação na I Edição de Corrida e Caminhada "Montemor Solidário" a realizar no dia 31 de Janeiro em Montemor-o-Novo.
Esta será a primeira prova com percurso que envolve o ponto mais alto de Montemor e a subida à Nossa Senhora da Visitação!
“Montemor Solidário” pretende ser um evento de Corrida/caminhada organizado em conjunto pelo Atlético Clube de Montemor e pelo Colégio Jardim dos sentidos. O Objetivo será a angariação de fundos para a Associação das Obras Assistenciais da Sociedade de São Vicente de Paulo, com este evento pretendemos dinamizar através da corrida/caminhada a prática de atividade física e desportiva promovendo o convívio entre os participantes.
A angariação de fundos será para a concretização do projeto do Celeiro da Tia Açucena – CTA no Jardim dos Sentidos.
Filosofia da prova
Ser solidário e colocar o corpo a mexer, a caminhar ou a correr, correr por uma causa, com objetivos de uma melhor vida, mais ativa, mais saudável e mais solidária. Superação pessoal, onde o principal objetivo é terminar quer a corrida, quer a caminhada.
Objetivos Gerais
- Promoção da atividade física e desportiva;
- Promover um estilo de vida saudável;
- Combater o sedentarismo;
- Promover a prática desportiva ao ar livre;
- Promover o património cultural, paisagístico e arquitetónico;
- Desenvolvimento das capacidades condicionais e coordenativas;  - Desenvolvimento do espírito desportivo de cooperação e do fair-play, no respeito pelas regras das atividades e por todos os intervenientes;
Com Diretor de Prova Gil Pegado Porto (certificado pela Federação Portuguesa de Atletismo) e conta com os seguintes parceiros na sua organização:
- Câmara Municipal de Montemor-o-Novo
- União de Juntas da Vila, Bispo e Silveiras
- CazuloDesigners®
- Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Novo
Dia 31 Janeiro, Domingo, pelas 10h00, partida junto ao Colégio Jardim dos Sentidos, com passagem no ponto mais alto de Montemor-o-Novo (Cabeço Santo André ou Cabeço das Antenas) e Nossa Senhora da Visitação. Terreno misto (Alcatrão, Calçada, Terra).
Inscrições abertas em https://montemorsolidario.bol.pt/

sábado, 23 de janeiro de 2016

Forte da Graça (Elvas)




Também conhecido por Forte Conde de Lippe, o Forte da Graça situa-se no monte com o mesmo nome, um dos mais altos da região e de grande importância estratégica-defensiva, a cerca de 1km de distância a norte da cidade de Elvas.

Esta obra-prima da arquitectura militar Europeia foi mandada construir pelo rei D. José I, iniciando-se os trabalhos de construção em 1763, sendo inaugurado em 1792, já no reinado de D. Maria I.

Erguido numa zona que vinha sofrendo muito com os ataques inimigos, nomeadamente das forças Espanholas, o Forte da Graça resistiu ao ataque das tropas espanholas durante a Guerra das Laranjas (1801), e ao bombardeamento infligido pelas tropas francesas do general Soult, no contexto da Guerra Peninsular (1811).

O Forte da Graça é constituído por três linhas de defesa, incluindo no seu interior diversas dependências, como casernas, capela, a casa do governador, uma grande cisterna, canhoeiras, entre muitas outras.

Parte integrante da Praça-forte de Elvas, cidade que desde cedo se tornou um importante bastião estratégico, o Forte da Graça foi construído no local onde antes de encontrava a antiga Ermida de Santa Maria da Graça, e está classificado desde 1910 como Património Nacional.


Fotos da autoria do compadre José Henriques e retiradas do seu blog: https://phenriquesblogg.wordpress.com/

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Sociedade União Alcaçovense - 131 anos ao serviço da cultura















Avenida da Liberdade - Lisboa
Fotos: Monte da Cabeça Gorda

Por este Alentejo fora existem colectividades ricas de história e de trabalho em prol das suas comunidades que só os da terra conhecem e há vezes nem esses. São pedaços de vida local, raízes da vontade de um povo, que nos fazem reflectir sobre o que é a genuinidade e a resistência quanto à erosão de um tempo cada vez menos propicio a este tipo de actividades, mas afinal "querer é poder".
A Sociedade União Alcaçovense é sem dúvida um desses exemplos, representando um importantíssimo espaço de convívio inter-geracional, por todos respeitada como provam os galardões que ostenta. 
Nas paredes, as fotografias testemunham o labor do presente e lembram a gratidão devida aos que já por lá passaram. Desde o teatro, ténis de mesa, danças de salão, escola de música e banda filarmónica, esta colectividade pode-se orgulhar de manter uma banda de música em actividade ao longo dos seus 131 anos de existência.
Se no passado, estas colectividades e associações assumiram um papel determinante na formação cultural das suas comunidades, no presente e quando a nossa sociedade parece atravessar uma enorme crise de valores, estas casas continuam como desde sempre a representar um espaço onde os jovens aprendem os valores da amizade, da solidariedade e da sã convivência. Tal como alguém costuma dizer, "...a Sociedade União Alcaçovense, é uma verdadeira escola de homens...".

Parabéns e obrigado pelo trabalho e esforço de todos aqueles que por lá já passaram. São estes os grandes responsáveis por esta colectividade tenha chegado aos nossos dias, o que nos responsabiliza que façamos o mesmo às gerações futuras.  

Sociedade União Alcaçovense - 20/1/1885 - 20/1/2016 - 131 anos

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Perpétua-Roxa





O QUE É?

A perpétua-roxa pertence ã família das Amarantáceas e é originária das regiões tropicais. De todas as espécies, a G globosa é a mais apreciada e cultivada, devido às suas elegantes inflorescências globosas. Trata-se de uma planta anual, que possui caules longos, erectos, compostos por folhas ver­des, ovais e opostas. As flores encontram-se dispostas em capítulos terminais globosos, que podem ter várias tonali­dades: brancas, amarelas, carmesins, cor-de-rosa e purpú­reas (esta é a mais comum).

COMO SE CULTIVA?

As perpétua-roxa crescem espontaneamente em Portugal, em terrenos baldi­os, em searas e nas beiras dos caminhos. Também as pode cultivar no seu jar­dim ou quintal. Semeie-as na Primavera, num solo bem arejado e exposto ao sol. Verá como os seus globos floridos irão dar um toque de vivacidade ao jardim.

COMO SE CONSERVA?

Se colocar as perpétua-roxa numa jarra com água, aguentam-se frescas durante muito tempo. Secas, chegam a durar vários anos. Para proceder à sua secagem, utilize o seguinte método: faça pequenos ramos, ate-os e pendure-os num local arejado e de temperatura moderada, até secarem completamente.

UTILIZE EM...

Como aplicação medicinal, devido às suas propriedades béquicas, as infusões de perpétua-roxa estão indicadas para aliviar a tosse, o catarro e a rouquidão. Certos profissionais que discursam constantemente em público, esforçando a voz - como são o caso dos actores de teatro, oradores, conferencistas, cantores, etc. - Utilizam o chá de perpétua-roxa para «limpar» e «aclarar» a voz. Secas ou frescas, estas plantas ficam extremamente bonitas em arranjos florais cam­pestres. As originais inflorescências globosas, depois de secas, dão um toque diferente aos seus pot-pourris.

CURIOSO!

Antigamente, as perpétua-roxa eram muito utilizadas como elemento decorativo das igrejas. Isto porque mantém a sua beleza e fragrância por muito tempo.


Texto copiado do blog: http://tarekablog.blogspot.pt/
Fotos tiradas na Horta Biológica de Vale Bexiga (Alcáçovas) 

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Crónicas do Alentejo (By Susete Evaristo)



Crónicas do Alentejo, conjunto de pequenos contos publicados no grupo do Facebook: 
https://www.facebook.com/groups/imagensdoalentejo/

2ª CRÓNICA DE SUSETE EVARISTO: "A BRUXA"
Agora que as suas mãos já não colhiam as ervas que curavam maleitas e, nem as pernas a deixam embrenhar-se pelos campos, de dia arrastava-se de porta em porta pedindo por favor uma esmola, um pedaço de pão ou uma moeda para fazer face à fome que corroía aquele corpo cada vez mais franzino dobrado sobre si mesmo, mais tarde ficava ali à porta de casa espreitando a noite.
De vez em quando levava a mão à cabeça agora aqui mais logo ali, ficando com os longos cabelos brancos desalinhados e caídos pelo rosto.
Quem à Rua dos Canos, passasse após o lusco-fusco olhava receosa a porta entreaberta e afastava-se o mais rápido que as pernas lhe permitissem
A pouco e pouco foi criando fama de bruxa ! Sim pois não era ela que vestia os mortos, não era ela a tal a quem a população, contava-se há muitos anos, recorria para que fizesse a reza ou responso a Stº António das coisas perdidas; não era a ela que recorriam também para bênçãos contra o quebranto e mau-olhado, para o treçolho ou, para cozer o nervo torcido?
E à boca pequena não se dizia que ajudava também as mulheres, mães de muitos filhos que não podendo sustentar mais nenhum, a ela recorriam para evitar novas gravidezes?
Coitada a pouca sorte tinha-a deixado sem o marido, morto nas terras de França e pouco tempo depois o único filho era levado pelo tifo.
Até o nome perdera na passagem dos anos, era agora conhecida pela “Velha Rôxa, a Bruxa”
Na rua duas crianças, as únicas a quem não causava medo, corriam para ela a quem beijava e tratava com carinho, eram a sua alegria.
Um dia a senhoria, mandou que alguém lhe tirasse os tarecos de casa (se aquilo era casa, paredes com rachas enormes e o telhado que deixava passar a chuva tantas eram as telhas que faltavam) e lhe fechasse a porta.
Ficou na rua a desgraçada a única coisa que pediu foi um pouco de água quente. Depois, depois tomou um chá e adormeceu…. para sempre!
Dizia-se na vila que tinha tomado chá de erva da bruxa (arruda).
Não recordo esse dia mas ainda hoje tenho na memória a imagem da senhora, com os longos cabelos desgrenhados sorrindo com uma boca sem dentes, mas com uns olhos risonhos e carinhosos.
Sim recordo, porque uma das crianças era eu.
Susete Evaristo (01-12-2015)



Fotos captadas na Rua de Évora, em Alcáçovas.