sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Ruínas do Moinho do Salsinha








Património Rural ou mesmo verdadeiras relíquias de engenharia mecânica popular, os moinhos de água são engenhos accionados pela força motriz da água. Estas construções localizavam-se nas margens de rios ou ribeiras cujo o caudal era quase permanente, mantendo assim o moinho em movimento praticamente todo o ano. Para ser um bom moinho, havia que preencher alguns requisitos, como moer todo o ano, possuir duas ou mais mós, uma para milho e as restantes para trigo e cevada. A água era conduzida ao moinho, através de açudes e levadas, que tinham que estar muito bem conservadas de forma a resistirem às cheias e enxurradas. 
Os moinhos de água uns mais tarde, outros mais cedo, a partir dos anos 60, 70 do século passado, começaram a ficar inactivos com o surgimento das moagens industriais, accionadas a electricidade ou a motores de combustão, factos que irão contribuir para o desaparecimento de mais uma profissão, o de moleiro. Hoje restam apenas ruínas das estruturas e algumas histórias e testemunhos orais das vivências de outros tempos.
O que resta do moinho do Salsinha, nas margens da ribeira de Alcáçovas é testemunho disso mesmo.
A Ribeira de Alcáçovas e os seus moinhos, representaram sem dúvida durante muitos anos um factor de desenvolvimento económico e social para a vila de Alcáçovas. Através da ribeira e o funcionamento dos moinhos, representaram o sustento de grande parte da população da vila. Na altura, os patrões mandavam o trigo e milho para os moinhos para depois distribuírem pelas pessoas que para eles trabalhavam. 

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